segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Sem titulo.

 
O dia começa igual, leio alguns emails. Paro, me perco e me encontro em músicas repetidas na minha playlist e por fim me escondo em metáforas. Embelezo meu dia cinza e sem graça com gosto de coca-cola sem gás só pra você pensar em rima, blues, soul e poesia. Na verdade eu não quis acordar dos velhos sonhos e fiquei na cama até tarde, preparei o café, errei na mão e tomei aquele cafezinho água de batata, fui até meu escritório e fingi não ver as pilhas de livros para estudar, caminhei até a sala e coloquei um filme dramático, assassinei a gramática tentando maquiar meu chulo português, fui gentil com a vizinha e emprestei a panela grande.
Antes de sair de casa marquei mais um dia no calendário e sorri sem vontade porque alguém me esperava chegar, o problema é que não é meu antigo benzinho, mas, por hora me faz um bem que você nunca me fez ou talvez eu nunca tenha enxergado. Dia livre, seco, vazio e sem metáfora ou pelo menos com o mínimo delas, um dia com cara de maquiagem borrada, cara de fome e mau-humor e antes que eu me esqueça estou feliz assim me encontrando em cada tropeço na mesmice, coisas que eram minhas sabe? E que você cego não pode ver, mas, eram coisas que eu deixei pra trás só pra te acompanhar, o lance é colocar bandaid nas antigas feridas de mais um ano e você vai esquecendo até arrumar arranhões mais novos com os quais se preocupar.

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