segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

touch.

Eu bem que tenho andado com medo de pegar o papel e a caneta e rabiscar algumas frases meio soltas, tanta coisa na cabeça e tanta gente indo embora do coração e taí mais uma preocupação freqüente, eu sei que pessoas vêm e vão, e de lá pra cá sempre tem uma ou outra que me faz perguntar: - Tens mesmo que ir?! Fica mais um pouco, tome alguma coisa, tome um pouco mais do meu tempo, por favor!
Alguns poucos dos poucos provam inteiramente de uma afeição mútua, não sei de fato expressar com frases feitas e guardo a impressão que poderá passar anos ou quem sabe por sorte do meu coração apenas alguns meses e eles vão continuar como vieram a mim: puros e verdadeiros, amigos prontos para amá-los.
E que bobeira a minha, amor, eu achei que poderia ao final de uma xícara de café e uma boa olhada na janela no finalzinho de uma chuva que eu pensei que fosse pegar antes de chegar a casa e correr para um caderno velho o qual o guardo com imenso carinho debaixo do colchão (ele sempre socorre meus versos mudos), não falar de você!
Mas, eu não falei , agüei a vontade de tocar-lhe em pensamentos e te jogar em algumas linhas trocando carinhos que não tenho coragem de demonstrar frente a frente e com a caneta vou desenhando letras e formando sonetos de puro amor, porque se assim não o fizer decreto perda total/parcial da minha faculdade mental. Deixa meu peito explodir, deixa só mais um pouquinho esse desejo morrer com o tempo, desculpa se quando estou ao seu lado não consigo fazer o que se deve fazer, ta vendo só? Não conte a ninguém que é inevitável dedicar algumas palavras soltas a alguém tão solta. Mas que tolice! Eu não sou assim inexperiente, é só com você, vírus perfeito que penetra no meu corpo e deleta tudo, parece uma obra-prima intocável, lembra-me objetos de porcelana que minha mãe colocava na estante e eu tinha tanto medo de tocar, tanto medo de apreciar, embora, trazendo comigo uma vontade cega de ter, de ser, do estar junto e contemplar, completar.
 [sem música]

Um comentário:

  1. Hallo Thaís, bom já sabe que já é de casa lá no café né. Volte sempre que quizer pra sentar, ler um pouco e tomar um café. Obrigado pelas visitas e comentários. Estarei sempre aqui também.

    "Eu não sou assim inexperiente, é só com você, vírus perfeito que penetra no meu corpo e deleta tudo, parece uma obra-prima intocável"

    gostei

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