quarta-feira, 13 de junho de 2012

Mrs. Autoajuda

Eu me tornei aquele livro de autoajuda da edição de 2009 e você a paciente de um consultório do psicólogo Mrs. Blá blá blá do prédio Center.
Tudo o que eu tinha a dizer se parecia com uma receita de bolo. 5 passos para ser feliz e mais nada. 10 motivos para se achar uma mulher poderosa. Assim, texto batido. Métodos que não se aplicam na prática. Tedioso. Pensei ser diferente. Mas no fundo, era apenas eu. E você? Quem era você? A secretária que no fim do expediente passa em alguma livraria batendo o olho em vários títulos de livros. Eu era um deles. Sempre dizem que não podemos julgar um livro pela capa e, no entanto, meu título era desinteressante demais. Eu tinha cara de livro de autoajuda. Mas e você, que cara tinha? Você tinha a cara da moça gentil da parada de ônibus ao dizer as horas e nenhum pouco interessada em uma conversa casual sobre transporte público. Eu era o cara chato tentando te dar uma cantada achando que perguntar as horas seria um pretexto para pedir seu telefone.
Eu deveria saber, você tinha a cara da moça gentil, a pressa e a distração da secretária no fim do expediente, mas, você nunca foi a mulher da balada que me olha 10 vezes esperando que eu lhe ofereça uma bebida.Burro. Imbecil. Milhões e incontáveis vezes burro. Eu era o cara bonitinho que você viu passar. Eu era só um carinha.

2 comentários:

  1. Moça, já faz umas horas que estou com seu Blogger aberto lendo seus textos e quase me aconchegando de cantinho. Me vejo repousando neles - como fazem as abelhas nas flores, sugam o néctar e depois recolhem-se para suas casas, fabricar o mel, aliviadas. Sinto-me aliviada, me vi dentro de muitos dos teus textos. Chorei ao ler "dreads", e sabe, ler é o alimento de quem escreve, você me alimentou e me deu vontade de escrever - eu estava e para ser sincera estou evitando escrever ou postar no Blogger. Sei que não é possível evitar e nem cicatrizar feridas, mas sinto-me melhor em silêncio, mesmo assim, escrevi, fiquei cerca de duas horas escrevendo, mas não postei no meu Blogger, acho que por não querer admitir pra eu mesma, ou para os outros da minha saudade, da minha dor, ou do próprio amor. Realmente, és um livro de auto ajuda, que eu dispensaria, porque não gosto de livros de auto ajuda. Mas ao abrir as primeiras páginas, encantei-me. E me prendeu. Te procurei no Facebook - sim, fiz isso, mas não tenho certeza que é você para elogiar você, moça. No entanto, espero que você veja esse recado, como de guardanapo, após um jantar, onde, deixo-te uma palavra, com a esperança de você deixar-me com um sorriso. Eu poderia ficar escrevendo aqui, mas só o que tenho a dizer, é que me prendeu demais teus textos. Vou te acompanhar como numa dança, num tango, seria valsa?

    Obs: Acho que meu Blogger não está recebendo comentários, dá um erro chatinho. Então vou te passar meu e-mail (que é a conta do Facebook, e Messenger), caso queira trocar umas cartas, quem sabe? Umas palavras.

    ferhh_lima@hotmail.com

    Um beijo, cuide-se.

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    Respostas
    1. Uau, Fernanda, não esperava que outras pessoas visitassem meu blog, ainda mais alguém assim... de tão longe.
      A mágica da internet é que ela faz as palavras ecoarem para todos os lugares além da eternidade.kkkk
      Obrigada pela visita, confesso que tenho um carinho especial por "Dreads" *(risos). Mas devo confessar outra coisa: não gosto muito dos meus textos ou da essência de cada um, mas mesmo assim, obrigada, importante saber que alguém gostou. Saber que o meu silêncio não fala sozinho, escrever é um ato de silêncio pra mim, tudo o que eu escrevo não é proferido em voz alta(medinho, talvez? kkk) E como diria Cazuza: "escrevo para não falar sozinho".
      Adicionar-te-ei em breve para trocarmos figurinhas literárias.
      Att,
      Thaís de Castro.

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