(imagem do weheartit)
Esteticamente
clichê seria se eu começasse com a velha frase: “foi em uma manhã de domingo...”. Antes de qualquer coisa tenho uma
confissão: nunca achei manhãs de domingo românticas, são patéticas, monótonas,
moças acordam ao meio dia com olhos de urso panda, rapazes se limitam a desabar
nos sofás de suas mães e assistem ao final de uma corrida qualquer de F1. Em
suma, manhãs de domingo são enfadonhas, por isso não sei como começar esta
narrativa. Logo eu, tão cheio e enganado de si e da minha má literatura.
Vejamos, por onde começar? Perdi aquele dado momento o qual te encontrei, ou
você me encontrou? Não é falta de atenção ou descaso com (talvez) um futuro nós
que há de haver ou se eisvair em nossa própria ânsia de chegar lá (quem sabe?).
Fatos não
conseguem, aliás, fatos não mentem e ele só me diz uma coisa: enquanto eu
esperava o nada cá estou pensando que penso em você sem mais nem por que. E
tudo isso não me foi sucedido em uma manhã de domingo e também não faço mais
questão de saber. Agora há tanta coisa pra ser desvendada como caça ao tesouro
me levando onde eu não pensei que fosse querer chegar. Mas você estava lá
quando eu olhei, juro que não te vi de primeira. Você permanecia escondida,
implodida no seu próprio sentimento mais perversamente guardado, não queria ser
encontrada. E, no entanto, mesmo assim de alguma forma em um dia qualquer eu
não apenas te olhei, mas parei para te observar com meus grandes olhos e os
fixei em você desde então.
Refiz, refaço
e irei refazer sempre a mesma pergunta: como não te percebi antes? Talvez
outrora não tivesse os olhos de hoje e quer saber o que eles me dizem? Quase
nada, estranho, não acha?
De lá pra cá
me pego pensando que penso em
você. Algo pulsante dentro de mim insiste em dizer que de
você não sei quase nada, mas meu desejo é latente e repetitivo e me diz que eu
quero saber sim, mais e mais. Por hora eu gosto de gostar disto sem nome, gosto
do seu cabelo, gosto da sua voz e me faz falta ouvir a sua risada sem graça
quando falo alguma besteira, gosto da parede do seu quarto, gosto do jeito que
escreve quando fala comigo, gosto da leveza do pé em que as coisas estão indo,
gosto de gostar de fazer você se sentir linda, porque de fato é. Consigo até
achar fofo aquele seu dedinho tortinho! Resumindo: gosto do gostar.
E há tanta
coisa pra descobrir, se você come ou separa a cebola da pizza, qual a sua cor
favorita, com quantos anos seu primeiro dente de leite caiu e é por essas e
outras coisas das quais eu ainda não sei que eu gosto de gostar de te desvendar
assim, devagarinho, sem pressa, você é o meu cais e até chegar verdadeira e
fazer de você meu porto posso ficar de longe, apenas gostando de gostar.
Bem sei
daquela porta fechada e da sua janela aberta, porém, eu não quero entrar como
um ladrão e bagunçar tudo atrás do que supostamente será meu. Quero que me dê
as chaves oficialmente, assim posso limpar a bagunça daquele outro alguém.
So slow down, girl, we’re still having fun together, right?!
Ao som de skank - Amores imperfeitos (sempre quis uma desculpa para postar essa música... Enfim, quem liga?! rs)
Ao som de skank - Amores imperfeitos (sempre quis uma desculpa para postar essa música... Enfim, quem liga?! rs)
Parabéns pelo blog,simplesmente fantástico o seu post,a sua forma de escrever..
ResponderExcluirAdorei o seu cantinho.rs
Se quiser da uma passadinha no meu:
http://comamoremaiscaro.blogspot.com.br/
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluiromg! Você realmente escreve bem garota. Impressionada, muito impressionada mesmo.
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