sábado, 17 de setembro de 2011

De volta para o começo.



Eu quero falar agora com você que sai por aí em busca do amor perfeito, do cara ideal e fantasia mil e uma histórias com ele ou ela se esquecendo de olhar para o lado. Eu quero dizer que nada sai como o planejado no final, às vezes o poder da escolha está em suas mãos, às vezes não está e o que você vai fazer?Vai chorar, vai gritar e sair quebrando os enfeites da estante da sua mãe? Acho que não vai não.
Acredito que o pior vem primeiro nesses casos, a aceitação, eu vou falar, é complicado abrir mão quando você lutou tanto, deu voltas e mais voltas pra chegar ao mesmo lugar, é claro que é uma merda, a gente pode combinar. Mas eu to com pressa e não visto mais as palavras de outrora, elas não me servem mais e eu vou sim e estou olhando para o lado, mas, é que sempre tem aquele medo bobo não é? Aquela sensação de vai acontecer tudo de novo como em ciclo vicioso. Outro dia eu estava vendo um filme e chorei, é eu chorei tudo que eu não conseguia chorar, tudo que coloquei dentro, escondido até de mim. E me lembrei que sem perceber no dia seguinte caminhei sozinha, fui deixando a rua me levar até sair da trilha, quando dei por mim você estava tão longe que já não poderia mais lhe alcançar. Onde eu estava agora você jamais poderia ir.
Passei horas e horas me sentindo uma refugiada de guerra, me proibindo qualquer querer que eu julgasse ser mais arriscado para o meu coração. Então eu penso, onde estaria meu coração senão lá atrás, no lugar de partida?
É nesta hora em que eu acordo do transe de toda a fantasia que eu criei pra ocupar o tempo que eu já não tinha. Quando dei por mim estava ali, de volta à pracinha, sozinha, esperando sabe-se Deus o que. Voltei pra casa chutando pedrinhas, tão vazia quanto minha carteira, nada estava tão ruim que não pudesse piorar. Não acreditei que fosse chover, afinal, passei por 3 meses os quais ganhei uma filial do inferno na minha cidade, nada de chuva, o clima tão seco quanto meus sentimentos. E choveu. Sai correndo e esbarrei em um carinha, meio assim sem querer quando entramos no Café mais próximo. Eu pedi desculpas.Ele sorriu e me ofereceu um Capuccino. Eu aceitei, mas disse que preferia um café amargo. Amargo como a minha a vida.
Você olhou em meus olhos, foi como se tivesse enxergado além do permitido e disse mais ou menos assim:
-Você precisa de um pouco de açúcar na sua vida.
Eu estava novamente no meu ponto de partida.
Um texto feito após as leituras que fiz no unexpected sentimental

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