E quanto às folhas secas nunca
mais as vi, o vento levou, quem sabe tenham encontrado outras pelo caminho,
empurradas horas a fio. Que destino triste não ter pra onde ir quando a solidão
te abraça, vagar por entre ruas e avenidas, expostas a sorte que não lhe
pertencem, levadas por um caminho, qualquer deles. Alienadas à liberdade que
não escolheram. Sem rumo, sem um porto. Longe da árvore que um dia foram seu lugar.
"Alienadas à liberdade que não escolheram. Sem rumo, sem um porto. Longe da árvore que um dia foram seu lugar..."
ResponderExcluirEu tive aquela sensação em forma de devaneio quando li esse texto.
Consegui me imaginar sentada nesse banco, passando o braço pelo corpo em busca de calor, olhando as folhas serem levadas pelo vento e perceber que minha vida está sendo assim nos últimos tempos.
Sendo carregada, indo pra qualquer lugar... Sem peso e sem vontade de ficar...
Desejando que no fundo eu pudesse voltar para a minha árvore de origem, ou apenas seus braços...