quinta-feira, 3 de março de 2011

By my side you'll never be.




   Chovia naquela cidade e de alguma maneira ela não procurou uma marquise e não saiu correndo para fugir da tempestade, fechou os olhos que ardiam com as lágrimas lutando para se juntarem com chuva que caia sem piedade atrapalhando a vida dos pobres mortais, ela pensou: eu apenas tenho que respirar fundo. Consigo suportar essa chuva, na verdade ela não me incomoda, molha minha roupa, bagunça meu cabelo e eu não apresso os passos, eu não tenho pressa pra chegar, e meu bem, talvez eu nem chegue.
   Ela perdeu o rumo de casa, andou no meio fio, abriu os braços, fechou os olhos, o equilíbrio e o medo e a sensação da liberdade forçada era lavada por uma nova, a liberdade de sentir-se só fazia as lágrimas correrem depressa, discretas, não era tristeza, mas era um agradecimento por ter se mandado, ter encontrado forças para ir embora, negar-se não era a saída, mas, ser feliz sempre foi sua primeira opção e se deixar você era o melhor por hora a dor de te perder para o mundo não ia superar sua infelicidade ao lado dela.

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