segunda-feira, 4 de abril de 2011

Cartas que eu não mando - parte I


BsB, 04 de abril de 2011

My dear,

    Desde que te conheci me senti desafiada, e cá aonde estou, longe, me pergunto quem nos convenceu de que apenas a vontade de sempre se ver era suficiente? Quanto tempo faz depois que descobri essa vontade? O problema é que se eu guardar tudo isso que construi pra gente em alguma caixa e decidir por joga-la debaixo da cama, em cima da estante ou se ainda pior: arremessa-la rio abaixo ou tão longe que a perca de vista ainda sim não alteraria todo o sentimento. É eu sei no que você "tá" pensando : vê não verá mais a caixinha, alguém pode encontra-la, se você você jogar muito longe pode quebrar.
   E sim, meu bem, pode acontecer tudo isso, mas, tudo que guardei na caixinha vai continuar lá e o problema é que as vezes a gente guarda tão bem guardado que esquece aonde colocou ou joga em qualquer canto e mais uma vez a gente pode esquecer aonde tudo foi parar, mas, é que as vezes também do nada pode ser que eu a encontre e meu medo é encontrar tudo lá, quebrado ou não, mas, apenas lá e sentir que sentimento nenhum ali teve o poder de mudar ou se desfazer com as ações do tempo. Mas, sim, deixa lá guardado.

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