quinta-feira, 23 de abril de 2015

Só Falta Você

Só faltou você ter olhado para trás.

Só faltou você ter aprendido a observar os sinais.

Só faltou ter percebido que você nunca esteve ao meu lado.

Só faltou ter aprendido a ceder, quando ceder seria o melhor para ambos.

Só faltou se dar conta que as músicas do Cícero, eu e você, nada a ver.

Só faltou perceber que você nunca estava lá quando deveria.

Só faltou você cair em si e que papel de bad boy só em adesivo de caderno.

Só faltou você naquela festa.

Só faltou você para assistir aquele programa na TV.

Só faltou eu e você em tudo que deveria ter sido nós.

Só faltou se dar conta que quem fala demais só tem palavras, replys e RT.

Só faltou ciência para cair em si sobre as diferenças.

Só faltou você parar de arrumar culpado para uma história de fracassos cheias de cúmplices e críticos.

Só faltou você descer do salto e se atirar num salto maior.

Só faltou você parar de comparar, porque relacionamento não é pesquisa de mercado.

Só faltou ser inteira.

Faltou.

Faltou tanto que na saída eu não precisei buscar nada.

Até que eu faltei e só ficou você.

sexta-feira, 14 de novembro de 2014

Falimos.

Há algumas coisas presas na garganta. Ou eu as cuspo boca afora ou engulo e espero a digestão. Não foi o término que me magoou. Ele foi um alivio, foi o sonrisal que aliviou a queimação de estar juntos. Não venha me dizer que estar presa a mim te fazia feliz tanto quanto ir aonde o vento te leva hoje. Durante nosso 1ano de convivência tentamos convergir nossos caminhos. Falimos. Afundamos na mesma velocidade que as ações do Eike Batista e você precisa admitir. O que mais me doeu no momento o qual constatei a melhor solução para nós, foi perceber que não abriríamos mão de nossas visões e caminhos para tentar ser um casal de verdade. Me dei conta, contas atrasadas e com juros, que começamos a nos deixar desde o dia da oficialização do relacionamento. Doeu ver minha ingenuidade, a nossa. Enxergar que depois de tanto te querer bem e ainda quero, já não te queria mais comigo. Por algum motivo o planos que eu seguia e estabeleci antes de você foram postos em stand by. Não os investi. Por quê? Uma vez fizemos planos, mas você deixou claro de que comigo não faria mais nenhum. Um ponto a menos para nós. Temos amigos e os meus não se tornaram seus e os seus também não são meus. Eu poderia me culpar ou te culpar. Então, eu culpo a vida, tínhamos vontade, mas não havia prática, tínhamos é a palavra. Você ousou me perder para você mesma e eu me deixei vencer por essa imposição. Talvez eu tenha culpa de mentir para mim e você quando dizia sentir o mesmo do inicio, quando o que mais quis era realmente sentir o que já havia sido um dia, e por dias a fio eu tentei, eu busquei, mas você me deixou sozinha e insegura. Se eu tinha planos, por que não os segui? Você nunca permitiu, me quis tanto por perto e não percebeu que me perdia para si e suas palavras duras. A cada choro meu por medo de te perder eu me fortaleci e não precisei ler Gabito Nunes ou Clarisse Corrêa, a cada vez que eu ouvi você dizer que não faria planos comigo, eu me planejei como seria viver sem você. E quando reencontrei minhas raízes estava longe demais para enxergar nosso céu. Me magoa não te amar mais, porque eu queria, e não há palavras ou invenções inspiradas em filmes que possam apagar a nossa história, e eu não quero. Dói pensar que nos últimos dois meses antes de oficialmente nos separarmos, eu já desatava as costuras desse amor involuntariamente. Somos melhores agora, éramos bonitos juntos, mas somos mais felizes separados.

segunda-feira, 9 de junho de 2014

way

Eu fugi, foi mais ou menos assim:

Perguntei aonde se chega na casa do amor. É bem simples, vire a esquerda na próxima esquina, esbarre com alguns beijos roubados e vazios, atravesse a rua e espere o sinal da impaciência abrir, quando você avistar um prédio alto de luzes brancas, entre e pergunte ao porteiro aonde fica a festa, ele lhe dirá que será no 12, é sim aquele andar. Beba saudade e dance com a solidão. Não precisa ter pressa, a party não tem hora para acabar. No dia seguinte quando a ressaca estiver alta, pegue um táxi em direção a via principal da cidade e peça para descer no museu. Ao chegar, deixe seu nome e guarde suas coisas no guarda-volume. Visite e revisite a estante das memórias, as admire, tente revive-las. Quando o choro for sincero: chore muito. Depois, ao sair do museu vá comer alguma coisa e não se esqueça de se alimentar bastante com o amor próprio. Procure um banho, lave o rosto, mas não se olhe no espelho. Feito isso, se encaminhe ao shopping mais antigo da cidade e compre roupas novas, saque dinheiro no banco, saque também dignidade. 
Ao se deparar com uma Torre de TV ao sair do shopping, olhe ao redor. Irá se dar conta que está rodeado de hoteis. Alugue uma diária. É, eu sei que agora ao sentir sede e querer atender aos apelos do seu corpo para descansar, não esmoreça. Lembre-se que para se chegar até lá é preciso estar renovado e disposto. Jamais se esqueça que amanhã sempre será um outro dia para se errar, mas você não, você não pretende errar, pretende apenas ser certeiro como cachaça em estomago vazio. Agora eu vou dizer algo que não irá lhe agradar. Depois de tanto rodar a cidade e tropeçar em bloqueios e obstáculos, preciso que você volte para casa. Por favor, não se irrite, não, não me diga que irá desistir, você está perto. Não jogue tudo para o alto agora. Vá, volte para casa por favor, não se distraia com rabos de saia no caminho. Ao descer na parada espere uns 10 minutos. Lembra-se daquele ônibus o qual durante os anos você sempre reclamou por ele passar tanto e toda hora? Pois então, veja bem, entenda que é só subir nele agora. Dê bom ao cobrador, e ao motorista, pague sua passagem, sente-se e relaxe, estará a caminho do amor. Ao virar a direita para a principal conte 7 paradas e desça. Não olhe para trás, vá. Ufa, sorria, descanse nos braços do amor e peça um copo d'água. 

sábado, 25 de janeiro de 2014

Click

Quando conhecemos aquela pessoa o trânsito não para, os juros ainda correm sobre aquela conta atrasada, ainda somos obrigados a bater o ponto. Nada para além daquela busca inconsciente por alguém. Porque esse alguém já chegou. O porém é que a gente sempre nega. Se recusa a acreditar que já era, o click já aconteceu. Você ainda olha para a bunda maravilhosa da secretária e ainda tem planos para o final de semana com alguma outra, mas não adianta contestar e por mais que o mundo pareça o mesmo, o seu mundo mudou. Sua órbita agora já possui outro sol. Ela. Ademais, continuamos a negar e a razão sempre é a ultima, a saber. Coisas que o só o coração é capaz de registrar. É o click. 
Repare bem, no meio da reunião e dentre tantas preocupações do projeto você se pega pensando em uma desculpa pra ligar. Você pode ate negar (como ira fazer ate o final). Depois aos poucos começa a contar sobre o seu dia. Click.  Dai o próximo passo é colocar na cabeça que o lance mesmo é só sexo e quando toca as mais pedidas naquela estação de rádio é nela q você pensa. Click.
Atenta as manchetes dos jornais seria interessante comentar sobre aquela reportagem absurda. É só sexo. Click. Na volta pra casa: um temporal. Você pensa q ela poderia te ligar e te encontrar no meio do caminho. Foda-se a chuva.
A verdade é q ela já te encontrou. Te roubou pra si. O crime perfeito, mas a razão é advogada do diabo e irá te iludir.  Paradoxal, não? 
Mas seu coração já sabe, seu corpo é por voz da alma. Então, você chega em casa, toma um banho e cai em si, cai na cama, cai a ficha.  E agora o q resta ou que sobra é se tornar inteiro e dar-se para pau pra toda obra a uma relação que já havia sido construída no primeiro beijo.  E tudo agora faz sentido, como só faz total coerência dizer q hoje e antes eu sou sua, sua amante, sua amiga, sua mulher.

quarta-feira, 25 de dezembro de 2013

Amante

(imagem retirada do we heart it)

Quando ele estava com você eu vi o sol demorar a nascer neste horário de verão. Vi uma mãe carregando seus dois filhos no transporte público lotado e observei com carinho o orvalho nas folhas. Quando ele tocou seus lábios, eu afundei minha cabeça no cardápio da lanchonete e pedi o de sempre no café da manhã. Nesse momento ele não parou por ai, tirou seu cabelo do olho esquerdo e lhe desejou bom dia enquanto caminhava as pontas dos dedos de leve pelo seu corpo.
Eu vi o estacionamento encher de carros e motos. Vi flanelinhas. Vi meu coração esvaziar. Nesse instante eu sei que ele disse o quanto você é linda quando acorda e que seu mau humor matinal te deixa sexy e que se foda a calcinha bege. Subi as escadas para manter as coxas firmes. Nesse momento ele estava entre as suas e gravava nos lábios cada centímetro de você.
Mais tarde enquanto minha reunião se alongava você se esticava na cama com preguiça de levantar. Ele se despedia e lhe prometeu que logo ligaria.
Quando eu pensei em te ligar o telefone estava ocupado. Era ele e eu sabia. Passavam-se das 13h50 e os relatórios não podem esperar. Você mal podia esperar em vê-lo de novo. As 18:00h quando eu ligo o botão da apatia pelo mundo e só penso na minha cama, você pensava em mim. Mas ele estava lá.
O meu medo. Meu medo estava com você o tempo inteiro, vivendo uma vida que deveria ser minha. Nossa. Talvez. Meu medo pediu Impeachment e assumiu o meu lugar.

sábado, 14 de dezembro de 2013

pra sonhar.


(imagem retirada do site wehearit http://weheartit.com/entry/90951578/)

Mas hoje eu fiz diferente, morena. Não tinha nenhuma ideia em mente e não tinha seu paradeiro as 2:30 da manhã. Minha mesa tinha uma bituca e um copo plástico, eu tinha a luz do monitor me mantendo acordada. Eu queria um vinho barato e uma ressaca horrível na manhã seguinte. Porque essa foi a desculpa mais eficaz pra não te querer aqui comigo, morena. Medi mentalmente o sofá pra saber se caberia nós dois ali e tinha um par da minha meia azul debaixo da almofada, e também minha vontade de lhe por no meu colo, continuo não tendo uma resposta plausível pra isso. Só to com vontade de você, morena. E se não tem catuaba, tem a cama. Dorme que passa, eu digo. E meu maldito subconsciente te coloca lá em sonho, vê se pode? 
Você de regata cinza e calcinha branca olhando pela janela, assim, calada, mas aflita. Feliz e misteriosa acaba por abrir mais uma em meu coração. Já entrou em alguma casa pela janela antes? Bobeira, morena. Eu lhe disse: venha. Senta aqui, ajeito o edredom pra você sentar do meu ladinho. E não é que você veio mesmo? Eu digo: devo estar sonhando. O pior é que estou mesmo (risos). Ah, se eu pudesse inserir uma trilha sonora em sonho... Te pedi pra chegar mais perto, pra deitar do meu lado, pra eu te abraçar apertado e sentir seu cheiro até perder o ar, pra nossos pés conversarem debaixo do edredom  que eu arrumei pra você ficar aqui. Aqui do meu lado. Para o seu cabelo cair no meu rosto sem querer enquanto você encontra a melhor posição pra se aninhar nos meus braços. Tá certo, morena, eu deixo você beijar meu ombro e brincar com as minhas covinhas e a passar a ponta dos dedos de leve no meu rosto pra me fazer dormir e pra gravar mais um pouquinho em você. E o sono vem e você vai. Ah morena, sonhei que dormia, mas dessa vez com você. Vê se da próxima vez não apareça só em sonho e me deixa te ninar. 

terça-feira, 26 de novembro de 2013

rotina.


Quando o amor morreu fazia sol e todos comemoravam a vitória do meu time no clássico do final de semana. Quando o amor morreu o dia amanheceu com vários relatórios pendentes na minha mesa. A greve de ônibus havia acabado. Quando o amor morreu, eu acenei para a mamãe Noel no shopping, pedi um yaksoba no almoço e acendi um cigarro depois. Quando o amor morreu  minha mãe havia ligado do RJ animada com a viagem e feliz por rever a irmã. No dia em que o amor morreu, uma amiga hoje distante me perguntou sobre aquela mulher e se eu sabia por onde ela andava. Quando o amor morreu a ficha caiu. Eu não me lembrava mais daquela mulher, e se Deus existe, só ele sabe por onde ela anda. Quando o amor morreu eu não me toquei. Eu abri os olhos pela manhã, tateei a penteadeira a procura dos meus óculos e me perguntei como estaria o trânsito. Não me perguntei sobre aquela mulher como era de costume. Foi natural. Quando o amor morreu parecia que eu jamais havia estado lá, que você jamais esteve por aqui. E quando o amor morre eu só posso crer que quem é enterrado somos nós. Na rotina.

domingo, 24 de novembro de 2013

ôh Anna

Nota: Há tempos ninguém escrevia pra mim. Fiquei lisonjeada e não soube como agir, achei que a melhor maneira de agradecer seria postar no meu blog, então taí:

(imagem retirada do we heart it http://weheartit.com/entry/87150814/)

Suas palavras, palavras lindas, que me afagam, e aconchegam como se fossem um abraço.
Seu olhar carinhoso, como quem tem medo de sentir carinho.
Ès do tipo que conquista nosso bem querer em poucos segundos. Bem te quis assim, rapidinho.
És dona, dona de um sorriso envergonhado, dona de um abraço que alivia a alma.
Dona de um alivio que tomei pra mim, mesmo que momentaneamente.
Aliás que venha aliviar essa pobre alma mais vezes.


segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Obsoleta.

(imagem retirada do endereço: http://weheartit.com/entry/86042634)

Eu não sou interessante. Recuso a sair aos domingos por preguiça e acabo dormindo no meio do jogo a tarde, compro desodorantes que dizem não manchar a roupa e cismei de trocar o café por chá gelado. Foi uma tentativa falha. E se alguém quiser saber, vivo de muitas tentativas falhas que vai dia após dia me empurrando para um futuro que eu não faço ideia de onde vai dar, mas eu tenho um amor. E vindo de mim com certeza é um amor que não irá interessar a ninguém. Desses em que eu com certeza inventaria de cozinhar para ela no domingo. Um frango assado, uma macarronada e a cervejinha. Para meu amor eu mandaria uma sms escondido da chefa quando a reunião estiver me entediando. Para esse meu amor eu compraria aquela camisa que ela tanto quer, mas estourou o cartão e não pode se dar a esse luxo. Arrastaria meu amor para o ccbb e faria enfrentar horas a fio de amostra de filmes. No meio da briga eu começaria a cantar nossa música, porque eu odeio discutir.  
Pessoas não-interessantes. Desinteressantes. Meu amor é clichê.
Meu amor saiu das prateleiras e foi parar em algum depósito de coisas que ninguém tem interesse. Meu amor divide espaço com a jovem guarda. Eu não sou interessante. Sou aquela mulher que coloca a salto na bolsa para não cansar o pé no ônibus lotado e canta uma canção de amor baixinho como se velasse por um amor. Passo o dia incomodada com meus cravos no rosto isso não é coisa interessante a se fazer, mas isso vem de mim, alguém nada interessante. Eu detesto usar cores chamativas e blusas estampadas, sou brega e não interessante. Portanto, eu me interesso pelo amor que eu nunca dei a ninguém e das minhas cenas bobas e cotidianas.
E como tudo que não é interessante ninguém dá atenção, eu guardo meu amor no bolso, velá-lo-ei cantando baixinho uma canção romântica dentro do meu busão lotado sem me esquecer da dose de praxe depois de um dia exaustivo, nenhum pouco interessante, com comida requentada, jornal nacional e um livro de cabeceira.


segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Paciência.



                                                                   (imagem retirada do we heart it)
                     
 “Onde está você?”: Pergunto para o vento no escuro do meu quarto. O sono aparenta ter uma aversão gigantesca á você, pois sempre que estou contigo na cabeça, o sono não vem. Talvez essa seja a causa das olheiras que venho tendo. Paciência. São os ossos do ofício.
                Entre os minutos vagarosos fritando na cama, sua imagem dispara na minha cabeça como milhares de flashes contínuos e poderosos. A saudade se apodera de mim como uma trepadeira daninha toma conta dos muros de uma casa abandonada. Abandonada, meu coração estava abandonado, sem carinho ou esperança até que suas madeixas castanhas o iluminassem, apesar de certa relutância sua no começo dessa epopeia.
                Incrível como sua imagem sozinha consegue deixar cada nervo do meu corpo rígido e tilintando de tesão. Ás três da madrugada, todos dormindo, “Porque não?”. Uma masturbação sorrateira e deliciosamente vagarosa, só para consumar o desejo quase animal que sinto por você, além de ser uma maneira de trazer vestígios seus pra mim.
                Conformei-me, o sono realmente não viria. Cérebro á todo vapor, como poderia? Para relaxar, liguei o rádio. Por ironia do destino, aquela música de Los Hermanos que tanto gostamos. Relaxei, deitei a cabeça no travesseiro. Relaxei ao som dos acordes da musica e contrariando as expectativas, desfalecia vagarosamente nos braços de Morfeu.
                Nem dormindo você me dá paz, será possível? Acabei que sonhei com você essa noite. Nunca mais veria a cozinha como antes. No sonho, resumo dos meus desejos mais profundos, você me levava pra lá. Agarrávamo-nos ferozmente, tropeçando nos pés das cadeiras e da mesa. Joguei-lhe em cima da mesa e comecei a beijar cada pedaço de seu corpo. Seus seios com os mamilos duros como diamantes róseos, seu ventre branco, digno dos seres angelicais, seu clitóris rígido em meus lábios.
                Uma trovoada voltou-me á realidade. Tinha começado a chover e o barulho acordou-me. ‘Trovão maldito!’: praguejei as forças da natureza. Tentava, mas não conseguia dormir de novo. O remédio era esperar amanhecer para poder fazer algo divertido, quiçá construtivo. Até lá, teria longas horas até o amanhecer, todas elas pensando em você. Paciência.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...