sábado, 25 de maio de 2013

Prometo não fazer promessas.

As promessas se assemelham as previsões do tempo, não se pode confiar nelas. Talvez eu tenha uns 5 ou 10 passos para trás em relação a elas. Então eu não posso te dar um cardápio de promessas esperando que você escolha uma delas. Muita gente promete iniciar aquela dieta ou o cronograma de estudos em uma segunda-feira e falham, promessas foram feitas para ser quebradas, o depois parece mais confortável e a gente vai deixando, até que aquela promessa nos deixa também. Não posso te prometer nada, amor, porque eu não te quero pra depois, eu te quero no agora. Prefiro sentir o teu cheiro quando você me abraça ao invés de imaginá-lo em um piquenique no domingo, esse domingo pode jamais chegar.

Tenho uma paixão incontrolável por certezas, principalmente quando é certo que lhe verei no fim da tarde, o incerto é a semana seguinte, o mês de junho, as promessas de voltar a estudar, a espera do que se faz precipitado parecer sensato e conveniente, mas sabe de uma coisa? Eu sempre achei estranho como a gente tem a mania de achar que no futuro vamos nos sentir mais seguros, qual a lógica de se apoiar em uma segurança intangível? Meu amor, se você não sabe o que quer de mim hoje, como pode estar tão certo sobre me querer tanto amanhã? Sinceramente não estou certa do meu querer também, vai me desculpar, não vai? Mas, voltando às coisas tangíveis, venho tendo sonhos com você frequentemente e quando nos encontramos navego em um universo paralelo e nele as coisas bregas e clichês começam a ficar menos bregas e clichês, entendeu? Se não entendeu não se preocupa porque acho que também não entendo e não vejo. Sempre que o ardor da espera me consome quando te espero chegar, uma parte do meu passado se queima e vira cinzas e cada vez mais e mais pedacinhos meus vão dando espaço para um novo começo e aí te vejo chegar, você tira os óculos para me beijar e me olha como se esperasse alguma coisa que eu não sei se posso te dar e então me lembro daquele espaço  vazio antes ocupado pelo meu passado e logo penso em oferecê-lo pra você, mas como sempre o futuro se constrói as cegas e eu não me sinto feliz lhe fazendo promessas, me sinto muito bem quando o presente me dá você de presente para me beijar o queixo e gemer baixinho no meu ouvido, quando você percebe que ta chegando a hora de ir embora e deita no meu ombro e isso tudo foi tão rápido e já não sei de mais nada. Eu só tenho certeza do agora e você?

Um comentário:

  1. acho que algumas vezes promessas são necessárias. mas não sempre. quando elas perdem o valor, melhor nem fazê-las. ainda mais num mundo tão incerto.

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